Cresça e torne-se
independente, ou será que meu elo aumentará dada as mãos a tua desmedida
partida... meu desejo será então que morra em mim, se assim persistir. Se de
mim não puderes sair para que encontre um lugar junto a luz. Na escurão da
minha alma será esquecido. A vida que sopra em seus pulmão, o oxigênio que
entra em cada molécula que o deixa com aparência singularmente doce. Coisas tão
pequenas comprova teu compartilhamento perante outros seres. Moléculas capazes
me aniquilar de inveja por saber que elas os mantiveram conservado em liberdade
enquanto eu o aprisionei por não conseguir mantê-lo como és. Todos os dias são
diferentes, alguns mais frios, sem tua presença. Outros me atrevo a esquecê-lo.
Mas como será que tem passado? Se do teu passado eu não faço mais parte, se
sinto que tua pele me ingeriu dentro de teu fígado alcoolizado... Deposite vida
em mim, antes que morra... será que é o que espero? Que tu deposite vida, antes
que sua imagem encontre o paraíso da solidão? Que tua imagem seja depositada
junto aos heróis de épocas que são lembrados brevemente em pequenas
comemorações com data marcadas, e frustações presentes. Os heróis que
denunciaram suas glórias transbordando em orgulho que esconde suas falhas, mas
conseguem a redenção para seus pecados não pronunciados. Permanece vivo como um
vândalo em minha alma, antes que o glorifique destruindo a mim, por tê-lo sem
merecer e o deixar sem ir. Cresce em mim desespero, perante os erros. A memória
tão fraca me fadiga, e as lágrimas inconsoláveis quer teus braços em volta de mim,
por um segundo de memória perdida.
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