sábado, 28 de fevereiro de 2015

Memória perdida

Cresça e torne-se independente, ou será que meu elo aumentará dada as mãos a tua desmedida partida... meu desejo será então que morra em mim, se assim persistir. Se de mim não puderes sair para que encontre um lugar junto a luz. Na escurão da minha alma será esquecido. A vida que sopra em seus pulmão, o oxigênio que entra em cada molécula que o deixa com aparência singularmente doce. Coisas tão pequenas comprova teu compartilhamento perante outros seres. Moléculas capazes me aniquilar de inveja por saber que elas os mantiveram conservado em liberdade enquanto eu o aprisionei por não conseguir mantê-lo como és. Todos os dias são diferentes, alguns mais frios, sem tua presença. Outros me atrevo a esquecê-lo. Mas como será que tem passado? Se do teu passado eu não faço mais parte, se sinto que tua pele me ingeriu dentro de teu fígado alcoolizado... Deposite vida em mim, antes que morra... será que é o que espero? Que tu deposite vida, antes que sua imagem encontre o paraíso da solidão? Que tua imagem seja depositada junto aos heróis de épocas que são lembrados brevemente em pequenas comemorações com data marcadas, e frustações presentes. Os heróis que denunciaram suas glórias transbordando em orgulho que esconde suas falhas, mas conseguem a redenção para seus pecados não pronunciados. Permanece vivo como um vândalo em minha alma, antes que o glorifique destruindo a mim, por tê-lo sem merecer e o deixar sem ir. Cresce em mim desespero, perante os erros. A memória tão fraca me fadiga, e as lágrimas inconsoláveis quer teus braços em volta de mim, por um segundo de memória perdida.

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