terça-feira, 25 de setembro de 2012

véspera de prova,

As vezes tenho medo de me auto analisar e descobrir o quanto ainda sou romântica. Apesar de gritar para os quatro cantos do mundo que não pretendo namorar tão cedo. Que precisamos ser feliz pelo que somos e não por quem temos ao nosso lado, que nossa felicidade tem que ser algo que depende só de cada um, cada vida. Perante isso tudo confesso, que no fundo sei que há muito em mim. Muito amor e carinho, uma menina atrapalhada que se perde no meio da bagunça, e que espera que alguém a veja por trás do sorriso, que alguém a salve de si mesma.
E aqueles velhos contos de história infantil chegam e começam a estorvar, porque hoje tudo é tão diferente. O amor que realmente faz bem é só o amor próprio. Entretanto, eu queria, de verdade. Ouvir passinhos pela casa correndo, grito de meninos, brinquedos espalhados pela casa, sapato desalinhado no tapete. E um homem que ficaria ao meu lado até o fim.
Sabendo que não sou perfeita, mas que eu completa-se a vida dele, que a cada manhã ele pode-se olhar e dizer que aquela vida simples e por vezes pacata o faria feliz. Ter a fidelidade de coração, ter o sorriso dele, e envelhecer juntos. Desenvolver, crescer, entender que a vida é mais do que mero "amor próprio" se dedicar a alguém, se dedicar a ser a felicidade de alguém. Dedicar a fazer o sorriso de alguém verdadeiro, e cantar, cantar muito como se o mundo fosse acabar no final do dia.
Vida simples porém nada simplificada. Charlie e Helena, e alguém para amar. Quanta bobeira, quanta verdade, quantos medos e temor dentro de mim. Quando penso nisso, vejo o quão boba eu sou, ora acho que falta coragem, ora acho que falta realidade. Como irá terminar esse "livro" chamado vida. Será que conseguirei ouvir passos de crianças pela casa? Ou que minha casa terá paredes brancas, seca? Qual será a importância do meu trabalho, família e amigos? Quem eu me tornarei num futuro próximo? Quem serei? Esta é a dúvida que inquieta a alma e a deixa angustiada.

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